Arquétipos
Divinos trazem muito à tona conteúdos que falam dos instintos humanos. Falar em
Artemis, portanto, é falar em competição e amizade entre o gênero; mas também de
guerra e suas variantes. Esta Deusa representa os instintos puros de caça, e por
ser uma Deusa da Lua acrescenta a este conceito também uma intuição
milimetricamente focada no que está ao redor, um instinto de percepção muito
apurado, não deixando que aparências (de atos ou palavras) enganem – o mesmo
jogo de espreita, sagacidade e persistência com que a Deusa observa os animais
selvagens é aplicado a todas as áreas da vida; principalmente àqueles que tem
este arquétipo com maior “volume” em sua essência humana.
Apolo e Artemis, Brygos 470
a.E.C. Louvre Museum |
É uma das doze
Divindades gregas do Olimpo, uma das mais populares Deusas do panteão grego,
inicialmente ligada à floresta e à caça. Depois associou-se também à luz da Lua
e à magia – filha de Zeus e Leto, e irmã gêmea de Apolo. Sua mãe foi perseguida
por Hera, a Deusa-Rainha protetora do casamento e do parto, que não quis
recebê-la quando estava prestes a dar a luz, pois odiava e perseguia as amantes
de Zeus e os filhos de tais relacionamentos. Esperando gêmeos, Leto chegou à
ilha de Delos e deu a luz no Monte Cinto. Primeiro Artemis. Como sua mãe estava
só, Artemis a ajudou com o parto do irmão, Apolo.
Nesta etapa do
mito podemos discorrer sobre dois pontos: o primeiro dizendo respeito ao seu
nascimento ter sido antes de seu irmão, creditando a independência (como ser e
como mulher) que em seguida é solicitada a Zeus; segundo, o fato de ter ajudado
sua mãe no parto de Apolo, gerando a ela os títulos de “Deusa dos nascimentos”
ou “Deusa dos partos”. Na verdade, aqui Artemis apresenta sua segunda qualidade
mais forte – o auxílio àqueles que dela precisam (especialmente mulheres).
Contudo, este segundo ponto pode levá-la também ao conceito de “iniciadora”,
correligando-a com a imagem e “função” da Lua Crescente; seu símbolo maior. A
ligação com nascimentos pode ser atribuída a ela, mas não dentro dos contextos
femininos habituais – os partos feitos por Artemis relacionam-se com o
desbravamento necessário para que objetivos saiam do papel e/ou da mente, e
passem a habitar o mundo das formas. O nascimento de Apolo por suas mãos, sendo
assim, é um dos maiores símbolos da força feminina primitiva – capaz de trazer a
luz (Apolo/Sol) da escuridão (Leto/Deusa do Anoitecer/útero).
Nas
representações arcaicas e clássicas, Artemis era uma moça bela e severa, em
trajes de caça, armada de arco e flecha; e muitas vezes acompanhada de animais
(uma corça, habitualmente).
De Zeus,
Artemis ganhou arco e flechas, além de uma matilha, Ninfas para acompanhá-la e
uma túnica para que pudesse correr pelos bosques. Por fim, também recebeu o dom
da castidade.
O arco
representando a forma da Lua Crescente é, certamente, um dos ícones do
simbolismo de Artemis. Suas armas unidas aos seus dons de caça e instinto lunar
tornam-se perfeitas, pois nada nem ninguém é capaz de fugir da mira de seus
objetivos. Os cães, por sua própria simbologia, aparecem em muitos mitos
empregando suas capacidades: ora como “ajudantes” de caça na floresta; ora como
servos da Deusa na aniquilação de inimigos seus ou daqueles que a ela pediam
socorro. As Ninfas (do grego nimphe – “noiva”), como espíritos dos
bosques a acompanhar Artemis, ocupam lugar especial em todas as versões dos
mitos, pois a acompanhavam na exploração de novos territórios e nas caças. Como
a Deusa, eram também castas, não coagidas pela domesticidade – representando o
rompimento da ordem limitadora. O último pedido concedido por Zeus é certamente
o menos compreendido em nossa sociedade atualmente, devido à deturpação que o
termo sofreu ao longo do tempo.
Castidade vem do
verbo latino carere, que origina a palavra castus, trazendo
conceitos de corte e separação. A idéia básica vem da agricultura, onde um ramo
cortado de uma planta reproduzirá as características da mesma – na verdade,
castrar significa multiplicar partes isoladas. Ou seja: Artemis não pede a
infinita virgindade a Zeus (sob o conceito tradicional), mas sim a
independência como mulher. A Deusa da Caça e da Lua é independente,
principalmente da figura masculina – numa visão mais antiga e própria do mito,
ela tem a independência principalmente de escolher seus parceiros. E mesmo nas
versões onde ao invés de “casta” colocam-na como “virgem”, vamos à origem do
termo e chegamos à palavra grega parthenos (não unida no casamento). Na
verdade, ela é intocada sim – mas em relação ao poder de decisão do qual jamais
abrirá mão. Nada além de seus instintos e suas metas a governa. Não há
limitações nos bosques de Artemis. Sua túnica a cobre, suas Ninfas a acompanham,
seus cães a protegem, suas armas atingem seus objetivos. E quando um valente
guerreiro merecer seu coração ela estará pronta – como na passagem do mito que
fala sobre Órion:
Artemis
apaixonou-se perdidamente pelo jovem Órion ou Orionte, filho de Posêidon, que
também era um grande caçador como ela. Mas Apolo não gostava dele e muito lhe
desagradava a afeição da irmã pelo jovem. Enciumado, decidiu impedir que
ficassem juntos. Ardilosamente, uma vez estavam os dois em uma praia quando seu
irmão percebeu Órion mergulhado na água e somente com a cabeça de fora. Apolo
mostrou aquele objeto escuro para a sua irmã e desafiou-a em acertá-lo. Vaidosa
e sem saber que se tratava da cabeça de Órion, ela prontamente retesou o arco e
acertou-a com sua flecha. As ondas trouxeram o corpo de Órion até a praia e ela.
Em sua dor, não querendo que o amado desaparecesse para sempre, colocou-o entre
as estrelas do céu em ele aparece como um gigante com cinto e espada, vestindo
pele de leão e segurando uma clava, acompanhado pelo seu cão,
Sírius.
Daqui, surge a
conhecida Constelação de Órion. Não tanto por si, mas por seu “detalhe”: o
Cinturão de Órion, popularmente conhecido como “As Três Marias”, localizado bem
no meio da constelação – uma das poucas que podem ser vistas nos dois
hemisférios. Em outras faces do mito, Órion estaria fugindo de um escorpião
enviado por Apolo quando é alvejado pela flecha de Artemis. Assim, a Deusa teria
pedido a Zeus que enviasse tanto Órion quando o Escorpião ao céu para que fossem
eternos.
“Entrega-me as
montanhas. Nelas habitarei.” – disse a Zeus, seu
pai.
As montanhas, de ar puro e larga vista,
são, junto aos bosques, domínios de Artemis; fazendo aqui uma outra conexão com
os “inícios”, bem como ocorre se a ligarmos à Lua Crescente ou mesmo ao título
de Deusa dos Partos. Montanhas são veneradas historicamente por seu ar puro, mas
também pelas fortes correntes de vento que as rodeia. Artemis, assim como todas
as Divindades, pode ser relacionada a todos os Elementos Naturais (pois tudo o
que existe é composto pela combinação entre eles). Mas é o Ar, o Elemento do
Sopro de Vida, que ela representa mais diretamente. Pois como o Ar ela permeia
entre as brisas e as tempestades. Como o Ar ela vem dar início aos
questionamentos mais profundos que geram mudanças, instigando a consciência
liberta de amarras. Artemis relacionada ao Ar é o início: o primeiro passo da
jornada, o amanhecer – a flecha que rasga a rotina. É a visão do campo pronto
para ser trabalhado – a promessa de expansão dos objetivos quando alcançados. O
farfalhar das folhas cantam seu nome, pois ela é a própria floresta e o ar que
cada planta respira.
A severidade da
Deusa é também algo marcante, tornando-se item imprescindível em seu estudo.
Diferente do que é muito difundido, e ocorre com todas as “Deusas Brancas”,
Artemis não é plenamente “iluminada”. Como tudo no Universo, ela também possui
dois lados. E somente através desta conjunção é que poderemos chegar mais
próximos da abrangência de seu poder manifesto. O mito de Níobe mostra
claramente isto:
Níobe, filha
de Tântalo a irmã de Pélops, saiu da Ásia para se casar com outro filho de Zeus
– Anfíon, famoso músico que reinava em Tebas. Teve muitos filhos e filhas (a
quantidade varia conforme a fonte de pesquisa).
A rainha
estava tão orgulhosa e feliz com sua prole que cometeu o erro de se declarar
superior à Deusa Leto, que tivera somente dois filhos – Apolo e Artemis. Leto se
ofendeu e pediu aos filhos que a vingassem. Apolo matou então, com suas flechas,
todos os rapazes; Artemis fez o mesmo a todas as moças. Em algumas versões, o
próprio Anfíon foi morto ao tentar defender os
filhos.
Na versão mais
antiga, a da Ilíada, as crianças foram sepultadas pelos próprios Deuses, onze
dias após sua morte. Relatos mais recentes informam que Níobe, cheia de dor,
voltou para junto de Tântalo, na Ásia, e tanto chorava que os outros Deuses se
apiedaram dela: transformaram-na numa rocha perto do Monte Sípilo, de onde uma
nascente vertia água constantemente.
Mais uma vez, portanto, a face da destruição apresentada pela Deusa. Pois assim como rege a lealdade no clã e representa os impulsos iniciáticos; está presente também nas ações que necessitam de rápida solução, mesmo que drásticas e violentas. Artemis é uma Deusa Guerreira. Sendo assim, jamais se excluirá de lançar suas flechas ou enviar seus cães em nome daqueles que pedem sua proteção (principalmente quando estes são abusados por outros) ou mesmo contra os que a ofendem. A soma simbólica de suas características de caçadora e Deusa da Lua trazem efetivamente às suas armas a representação da grande capacidade de focar e ir em busca de seus objetivos – seja à luz da consciência e da razão, seja sob a capacidade embotada pelos engodos do ego ou da realidade imediata.
Mitos mais
conhecidos:
Acteon – Como
de costume, Artemis banhava-se nas águas das fontes cristalinas, quando foi
surpreendida pelo caçador Acteon que ali se dirigiu para saciar a sede. A vê-lo
transformou-o em um veado e tornou-o vítima da sua própria matilha que o
estraçalhou.
Agamenon –
Este matou um cervo em um bosque consagrado à Deusa. Esta exigiu do grego o
sacrifício de sua filha, Ifigênia, para que os ventos voltassem a soprar e
permitissem a partida da frota grega para Tróia. Posteriormente, Artemis teve
pena da jovem e não deixou que ela fosse sacrificada, levando-a consigo até seu
templo, e ali Ifigênia tornou-se Sacerdotisa.
Calisto – Era
uma Ninfa que acompanhava a Deusa pelos bosques e por quem Zeus se apaixonou.
Como ela fugia de todos os homens, Zeus se aproximou dela na forma da própria
Artemis, e conseguiu seduzí-la. Quando a Deusa percebeu a gravidez de Calisto,
expulsou-a de sua companhia e, mais tarde, transformou-a em ursa*.
*A ursa tornou-se,
ao lado da corça, um símbolo de Artemis – a essência da Ninfa viva ao lado de
sua Deusa.
A Deusa Arqueira
pode objetivar qualquer alvo, esteja próximo ou distante, representando a
habilidade de concentração intensa naquilo que é importante e a permanência
imperturbável no caminho até que alcance seu objetivo. Novamente unindo forças
caçadoras e lunares, vem ensinar que enfoque, perseverança e espreita conduzem
às realizações – talentos que instintivamente carrega.
Mas Artemis não
“surgiu” originalmente entre os gregos. É muito anterior a eles. Em suas formas
mais primitivas Artemis era retratada como a Grande Deusa Mãe, como demonstra
sua estátua na cidade de Éfeso (costa oriental da atual Turquia).
A região
servia como porto comercial entre Oriente e Ocidente. A Artemis de Ephesus era
interpretada nesta cidade como uma Deusa da Fertilidade, pintada frequentemente
com muitos seios, representando sua condição absolutamente fértil. Seu primeiro
santuário foi erguido por volta de 800 a.E.C. junto a uma pedra sagrada
creditada como “um meteorito caído de Júpiter”. Foi erguido e destruído diversas
vezes até que em 600 a.E.C.o arquiteto Chersiphron tomou a frente da
reconstrução. Nesta época a condição de principal porto de comércio tornou a
cidade mais rica e produtiva, motivando seus moradores a erguerem um novo templo
sobre os destroços antigos, porém maior do que todos os outros anteriores.
Detalhe nas ruínas de Ephesus |
Arqueólogos como
Marija Gimbutas apontam para ícones Neolíticos como sua origem na arte
religiosa. Sob este aspecto, Artemis é considerada com uma data anterior à sua
origem “divulgada” pelos mitos gregos, com influências Indo-Européias que mais
tarde deram forma à Deusa em sua região (como agora conhecemos). Seguindo as
influências patriarcais da invasão Indo-Européia na região do Egeu, Artemis
expandiu-se na clássica Deusa casta da Caça, conhecida na mitologia popular.
Este fato despojou a Deusa de sua imagem de mãe e a “reduziu” à Deusa das
Florestas, diminuindo a extensão de sua antiga adoração. Uma forma bem menos
ameaçadora aos preceitos da nova religião que se instalava. Foi o Apóstolo Paulo
o incumbido de converter os ephesianos ao Cristianismo, no ano de 57 E.C..
Encontrou lá uma cultura pagã muito forte e além disso outro empecilho era o
ganho de capital que os “donos” da cidade tinham com a venda de miniaturas de
Artemis. Todavia, o processo de conversão foi sendo feito aos poucos, sendo que
no século IV E.C. a maioria do povo ephesiano era cristão. Hoje apenas uma
coluna do templo monumental está de pé, resguardando um pouco de sua
história.
Ruínas do Templo de
Artemis de Ephesus, encontradas em escavações por volta de 1904 E.C. |
Ainda numa visão primitiva, Artemis que conhecemos é a “herdeira” de Potnia Theron, a Senhora dos Animais da civilização Neolítica, representada cercada de animais e alada, com desenhos de peixes e espirais na sua túnica, vistos como símbolos do fluxo de energia criativa. Assim, Artemis (Artemis Orthia) era a Mãe da Floresta, invocada por caçadores e viajantes que eram por ela protegidos, desde que eles não matassem fêmeas prenhas e filhotes, não caçassem por esporte ou distração, nem desperdiçassem recursos e riquezas naturais.
Potnia Theron, Senhora dos
Animais Artemis Orthia; National Museum, Atenas. |
Artemis foi
reverenciada ao longo do tempo e do espaço, com diferentes atributos, nomes e
rituais, mas permanecendo sempre como a Megale Artemis, a Grande Deusa. Das montanhas de
Anatólia, o habitat das tribos de Amazonas, seu culto espalhou-se para África,
Sicilia, Europa, as ilhas gregas como Creta e Delos, até Trácia na Grécia, onde
floresceu em Brauron com as iniciações e danças das meninas–ursas.
Artemis Orthia, Atens National Museum |
Foi conhecida por
muitos nomes na mitologia grega: como Ilithyia diante do aspecto Deusa dos
Nascimentos; Agrotora, a protetora dos caçadores; Kalliste, Calisto e Brauronia
em sua forma de ursa; e Diktynna como protetora dos percadores.
Foi e é
frequentemente confundida com Selene e/ou Hécate, também Deusas Lunares. Na
verdade, Artemis em alguns mitos forma o Feminino Tríplice com estas duas Deusas
– onde Selene reina no céu, Artemis na terra e Hécate no submundo.
Na cultura romana
Artemis tem sua “paralela”, Diana, que assim como a Deusa grega rege a caça e as
forças lunares crescentes. Unidos ao mito de Diana estão mais fortemente o
Lago Nemi (local onde o templo da Deusa foi erguido, cercado pelo bosque
sagrado; conhecido também como “O Espelho de Diana”, pois o reflexo da lua em
suas águas podia ser claramente visto do templo); e Rex Nemorensis – o
Rei da Floresta (figura lendária que guardava o templo de Diana no bosque do
Lago Nemi).
Por fim, em uma
visão psicológica, vê-se que a preocupação com mulheres “fracas” gera a partir
de Artemis um comprometimento muito competente em tudo o que se relaciona com
violação feminina e sua legítima defesa – o cuidado da Deusa com mulheres
hostilizadas e maltratadas, bem como incesto e pedofilia, é de natureza muito
forte. Agressores desta linha tendem a sofrer terrivelmente aos pedidos de
proteção à Artemis.
Esta natureza
selvagem não deseja o doméstico. Deseja, sim, o ar da montanha, a luz da lua e a
contemplação do deserto. Ou seja: assim que se coloca como presa de algum vício,
padrão domesticado, retenção de fluxos ou idéias engessadas, esta natureza
artemísia corre o risco de morrer. O corpo ainda respira, caminha e cumpre seus
deveres – mas já não vive.
A mulher
tocada por Artemis não vive fascinada por conquistar homens, tão pouco deseja
relacionamentos do tipo “papai, mamãe”. Dificilmente, inclusive, sentirá a falta
da presença masculina em sua vida, já que seu fascínio está na conquista de
objetivos nos quais o homem quase nunca está insluso. Evita, assim, homens que
queiram ser o centro de seu mundo, dando ênfase a relacionamentos baseados em
padrões de igualdade. Sua natureza não permite que a prendam em nenhuma
circunstância, bem como nunca se sentirá bem com a idéia de prender algo ou
alguém.
Pode não ser
maternal, mas será uma boa mãe dentro de seus próprios critérios artemísios,
encorajando os filhos a serem independentes e a saberem se defender sozinhos.
E na
esmagadora maioria das vezes chega ao ápice da crueldade para defender suas
crias: sejam elas filhos, amigos, valores ou
projetos.
HINO DE HOMERO À ARTEMIS
Eu canto à Artemis, cujas setas são de
ouro,
Que se alegra com os cães de
caça.
A Pura Donzela, Caçadora de
Veados,
Que se deleita com a arte de atirar
flechas.
Irmã de Apolo, com a Espada
Dourada,
Sobre os morros sombreados e picos
batidos pelo vento
Ela saca seu arco
dourado,
Alegrando-se na perseguição, e lança
severas setas.
Os cumes das altas montanhas
tremem,
E pela floresta em
sombras
Ecoam os gritos assustados das feras
dos bosques;
A terra
treme
Assim como o faz o mar, cheio de
peixes.
Mas a Deusa de valente
coração
Se vira para todos os
lados
Destruindo a raça das feras
selvagens,
E quando está
satisfeita
E alegrou Seu
coração,
Esta caçadora solta seu
arco
E parte para a grande casa de Seu
irmão,
Para a rica Terra de
Delfos,
Para lá
comandar
A Dança das Musas e das
Graças!
"Artemis,
historicamente, portanto, assumiu muitas identidades; sendo uma síntese das
energias multifacetadas da essência feminina." - Mirella
Faur
Fonte: Blog Summer Luppus